31 de jul. de 2011

Mulheres estão mais preparadas para o mercado de trabalho




Afirmação é do diretor do MTE Rodolfo Torelly, que avisa: "Os homens que se cuidem!"


“Os homens que se cuidem. As mulheres estão se preparando muito mais, estudando mais e já estão ocupando [o mercado de trabalho]”. A afirmação foi feita por Rodolfo Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho e Emprego, durante entrevista ao programa Brasileiras. Segundo Torelly, nas ocupações que exigem curso superior completo e incompleto, as mulheres já são maioria, apesar de ainda estarem ganhando menos que o homem; a mulher ganha cerca de 83% do que ganha um homem.

Entretanto, segundo Torelly, quando se pega a última década como referência, dá para notar que a diferença de salário entre homens e mulheres vem diminuindo cada vez mais e de forma cada vez mais intensa. Na sua opinião, “a mulher está mais preparada do que o homem para enfrentar o mercado de trabalho atualmente”.

O diretor do Ministério do Trabalho reiterou que na própria Constituição de 1988 há uma série de garantias que protegem a mulher na questão do acesso ao trabalho, de modo que não haja discriminação, e lembrou a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, ainda no governo Lula, que deu um novo foco para as questões da mulher.

Especificamente no Ministério do Trabalho, explicou Torelly, não há uma política voltada só para a mulher, mas iniciativas como o sistema Mais Emprego, que está instalado em todo o Brasil, onde é oferecida a intermediação de mão de obra e qualificação profissional, de forma que a mulher possa se qualificar e encontrar emprego mais rápido.

Além disso, o Ministério conta com uma Secretaria de Inspeção do Trabalho, que é responsável por verificar os vínculos trabalhistas e as condições de trabalho, e se está ocorrendo qualquer tipo de discriminação, explicou o diretor. Uma outra forma de denunciar irregularidades e atos discriminatórios no ambiente de trabalho é a Ouvidoria do Ministério (Disque 158). Com todos esses mecanismos de apoio, Torelly se mostrou otimista quanto à melhoria das condições para as mulheres: “Tenho certeza de que nós estamos no caminho firme, sem volta, para a total melhoria das condições de trabalho, a igualdade do homem e da mulher”.

Para assegurar qualificação às mulheres que desejam trabalhar em serviços domésticos, Torelly contou que o sistema Mais Emprego tem convênio com os estados, por meio do Sine, e também o Planseq. Caso a pessoa tenha interesse em fazer um curso, deve procurar essas entidades, conhecer o que está sendo oferecido e se cadastrar, orientou ele. No momento, segundo Rodolfo, está em andamento o programa Trabalho Domestico Cidadão.

Pelas suas informações, no Brasil ainda tem mais de 7 milhões de empregados domésticos, sendo 90% mulheres, e a maioria ainda sem carteira. Mas Torelly avalia que a redução gradativa da oferta do número de empregadas domésticas no Brasil só mostra que as políticas de qualificação do país estão funcionando bem. "Nos países desenvolvidos é muito difícil ter empregada doméstica. As empregadas estão cada vez mais se qualificando”.

Por Blog do Planalto.

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